A edição deste ano do Estoril Classics terá, como sempre, inúmeros motivos de interesse. Enumeramos os seis maiores e explicamos o porquê de não poder falhar uma visita ao Autódromo do Estoril no próximo fim-de-semana – 6, 7 e 8 de Outubro.
O regresso da Fórmula 1 a Portugal
A Fórmula 1 é a grande locomotiva do automobilismo, chegando aos verdadeiros fãs do desporto automóvel e quebrando barreiras que permite alcançar novos públicos e interessá-los na competição de quatro rodas.
No Estoril Classics deste ano, será possível contactar de perto com máquinas que ajudaram a fazer a história da categoria máxima do desporto automóvel, como é o caso do Lotus 72 ou do Williams FW08, ambos com títulos mundiais no seu currículo, sendo ainda exemplo o McLaren M26, modelo com o qual James Hunt venceu os seus três últimos Grandes Prémios de Fórmula 1.
Serão 21 carros plenos de história a compor a grelha de partida da 6ª edição do Classic GP, permitindo aos adeptos de longos anos rever máquinas que preenchem a sua memória e aos novos fãs sentir como eram os monolugares de Fórmula 1 do passado.
Motos de Grande Prémio voltam a fazer vibrar o Autódromo do Estoril
A pista de Cascais foi um palco histórico do motociclismo mundial, tendo sido o cenário da vitória pela segunda menor margem da história do Campeonato do Mundo de Motociclismo/MotoGP – quando no Grande Prémio de Portugal de 2006, Toni Elias bateu Valentino Rossi por 0,002s.
O Amicale Spirit Of Speed traz até nós o espírito das grandes competições mundiais de duas rodas, com exibições em pista das máquinas que marcaram a história do motociclismo, de onde se destacam motos como a Suzuki 500 RG MK1 de Giacomo Agostini, a Yamaha 500 AKAI 0W53 de Barry Sheen, a Suzuki 500 RGV XR75 de Kevin Schwantz ou a Yamaha 500 YZR 0WF2 de Wayne Rainey.
Para além de rodaram em pista, soltando os cavalos a rugir no autódromo, haverá ainda apresentações das motos no paddock, onde serão explicados alguns dos seus segredos técnicos e a sua história.
Ferrari 250 LM – um modelo com história
A Ferrari venceu em 2023 as míticas 24 Horas de Le Mans pela décima vez, mas o seu triunfo anterior ao deste ano foi obtido no longínquo ano de 1965 pelo Ferrari 250 LM inscrito pela North America Racing Team e dividido por Jochen Rindt e Masten Gregory.
Este carro de Maranello era baseado num protótipo, o 250P, mas Enzo Ferrari pretendia homologá-lo como GT para substituir o 250 GTO, o que foi recusado pela FIA dado a marca italiana não ter construído o mínimo regulamentar de 100 unidades.
Ainda assim, mesmo correndo nas mãos de privados contra protótipos bem mais evoluídos, o 250 LM venceu a desejada prova de La Sarthe, mantendo-se como o último a triunfar pela Ferrari durante 58 anos.
Na edição deste ano do Estoril Classics estará presente um belíssimo Ferrari 250 LM, inscrito por Clive Joy, sendo o carro que venceu as 12 Horas de Reims de 1964 pelas mãos de Graham Hill e Jo Bonnier.
Para os adeptos portugueses tem ainda interesse de ter participado nas edições de 1964 e 1965 do Grande Prémio de Luanda, tendo no quarto posto na corrida mais recente o seu melhor resultado.
Os adeptos que marcarão presença no Estoril Classics poderão ver está máquina histórica em pista a ser levado aos seus limites e no paddock, onde poderão observá-lo de perto.
O ambiente no paddock
Para além das competições em pista, que oferecerão emoções fortes aos adeptos, o paddock estará repleto de motivos de interesse para todos aqueles que se visitarão o Estoril Classics, vivendo-se ainda um ambiente muito especial.
No ‘Pitstop Village’ todos as pessoas com bilhetes de paddock poderão encontrar ‘auto memorabilia’ que fará as delícias de todos os fãs, encontrando ainda inúmeros pontos de restauração onde poderão realizar ‘um reabastecimento’ para mais um período de corridas.
Mas para além das ofertas que poderá encontrar, também o ambiente será especial, não sendo de estranhar que possam ver passar um Ford GT40, um Ferrari 250 GT SWB, um Porsche 908 ou uma Suzuki que deu vitórias a Kevin Schwantz enquanto almoçam ou recuperam forças depois de uma prova de grandes emoções.
A proximidade com as máquinas é a palavra de ordem e os seus donos não se escusam a conversar sobre o carro que o orgulha, promovendo uma experiência partilhada que torna o Estoril Classics tão especial.
Museu de raridades em competição
O lote de carros e de motos que estarão presentes no Estoril Classics será verdadeiramente impressionante, cobrindo a história do desporto motorizado desde 1950 até aos nossos dias.
Qualquer adepto já ficaria assoberbado se pudesse vislumbrar estas máquinas infernais, que romperam novos horizontes no seu tempo, num museu, mas em pista, levadas ao limite, a fazer para o que na verdade nasceram, será uma experiência inolvidável.
Serão corridas de onze categorias, cada uma delas apresentando carros com determinadas características e a versar um período do automobilismo, representando as grandes eras dos protótipos, GT, Turismos e F1, ao passo que as motos serão exibidas em pista.
Qualquer adepto com acesso ao paddock terá, portanto, a possibilidade de contactar com os carros e motos bem de perto e, depois, vê-los a ser levados ao limite em pista, algo único em máquinas valiosíssimas – algumas avaliadas em mais de 10 milhões de euros.
Moto de Miguel Oliveira brilha no paddock
Miguel Oliveira é um dos grandes nomes do desporto nacional, competindo na MotoGP, tendo já cinco triunfos em Grandes Prémios no seu currículo.
Durante o Estoril Classics a belíssima KTM RC16 com a qual o português competiu na competição máxima das duas rodas de 2021 estará em exibição no paddock, havendo ainda palestras para desvendar alguns dos segredos da máquina que permitiu o piloto de vinte e oito anos vencer o Grande Prémio da Catalunha.
Este será mais um polo de interesse no paddock do Estoril Classics que, de acordo com as vendas de bilhetes, deverá estar cheio de vida.
Os ingressos estão a esgotar rapidamente mas ainda existem alguns disponíveis (no website oficial do Estoril Classics, na BoL, e também fisicamente na FNAC, Worten, El Corte Inglês e CTT Correios).
O acesso à bancada A é gratuito, ao passo que a entrada no paddock terá o custo de 20 euros na sexta-feira e 30 euros nos restantes dias, podendo os seus titulares ver as máquinas e as equipas de perto, para além de todas as actividades, incluindo “Pitstop Village”.
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