O Estoril Classics reúne sempre grandes carros que fazem os adeptos vibrarem, mas cativa também alguns exemplares menos conhecidos, raros e, alguns deles, estranhos. Na sexta edição do eventos, damos-lhe a conhecer seis máquinas que fazem parte apenas do imaginário dos conhecedores.
Foto: Eduardo Fernandes
EMBASSY LOLA T370
Este monolugar foi encomendado por Graham Hill para a sua equipa, a Embassy, depois de uma temporada de desilusões em 1973 com carros da Shadow.
O Lola foi concebido sob a direcção de Andy Smallman para a temporada de 1974, mas os chassis animados pelo Ford DFV Cosworth não apresentaram uma melhoria de resultados relativamente ao seu predecessor, tendo somado apenas um ponto através das mãos do bicampeão mundial.
No Classic GP by Portugal Sotheby’s Realty poderá ver um destes carros, muito característico graças à sua elevada entrada de ar dinâmica para o motor.
Foto: Jorge Girão
MORGAN SLR
Este carro foi concebido e construído em 1961 pela Sprintzel Lawrence Racing (SLR), liderada por Chris Lawrence, que pretendia um GT de elevada performance que tinha como base a mecânica do Morgan +4.
Apenas três exemplares foram construídos, mas o SLR mostrou alguma competitividade em meados dos anos 1960, dando ainda nas vistas pelas suas linhas elegantes e completamente diferentes do que a marca nos habituou.
Um destes raríssimos carros está em compita no Sixties’ Endurance.
Foto: Jorge Girão
ALFA ROMEO TZ
Em meados dos anos 1960 a Alfa Romeo desejava competir nos protótipos de baixa cilindrada e concebeu o TZ sob a batuta de Carlo Chiti, que anos antes tinha deixada a Ferrari em rota de colisão com Enzo Ferrari.
O engenheiro italiano criou um chassis tubular (T) sobre o qual colocou uma carroceria de alumínio construído pela Zagato (Z), o que lhe permitiu garantir um baixo peso, 580kg, para aproveitar o excelente motor de quatro cilindros em linha de 1600c.c. do Giulia Sprint GTA.
O carro foi um sucesso, ocupando os quatro primeiros lugares da sua classe na sua prova de estreia – Monza Cup 1964 – e obteve inúmero vitórias na Europa e nos Estados Unidos da América.
Dois exemplares deste carro estão presentes na edição deste ano do Estoril Classics inscritos no The Greatest Trophy.
Foto: Jorge Girão
OLMAS GLT 200
Os Grupo C deixaram uma marca inolvidável na história do automobilismo mundial. E se uns carros ainda hoje são relembrados, como os Porsche 962C ou os Peugeot 905, outros, como o Olmas GLT 200, que podemos ver este fim de semana em acção junto do pelotão dos Endurance Racing Legends, não tiveram a mesma sorte.
Desenhado pelo italiano Gianni Lo Bartolo, este pequeno protótipo motorizado por um bloco V8 Ford Cosworth DFL teve uma vida curta no seu tempo. Das três corridas que disputou em 1988, incluindo as 24 Horas de Le Mans, somou três abandonos, tudo fruto da sua parca fiabilidade. Desiludido com os resultados, o seu dono vendeu-o e este ganhou uma nova vida em provas de montanha em Itália. Recentemente regressou às pistas em provas de Grupo C.
Foto: Jorge Girão
CANNIBAL-CHEVROLET WSC
Hoje a correr no Endurance Racing Legends, este é talvez um dos carros mais estranhos de sempre das corridas de resistência fruto da era de transição entre os protótipos de Grupo C e os WSC e LMP.
Este protótipo norte-americano de motor dianteiro V8 Chevrolet tem como base um Oldsmobile Cutlass Trans-Am de 1994. Bruce Trenery não esconde que, quando viu o carro, que comissionou para a temporada de 1995 o considerou “a coisa mais feia que alguma vez viu”.
O melhor resultado do “The Cannibal” foi um 40º lugar nas 24 Horas de Daytona, mas apesar do seu aspecto frágil, este carro completou as outras nove corridas que disputou do campeonato IMSA World SportsCar entre 1995 e 1998.
Foto: David Maçano
TOJ
A Toj foi um construtor alemão - Team Obermoser Jörg – que operou ao longo dos anos 1970 e início dos anos 1980.
Durante o Estoril Classics estará representada com três modelos diferentes – o SC205, o SC303, e o SC 304 – todos eles inscritos na Classic Endurance Racing II.
O primeiro era um Grupo 6 FIA, tendo participado no Campeonato Europeu de Carros de Desporto 2 litros. Animado por um motor BMW de quatro cilindros em linha conquistou algumas vitórias e pole-positions.
O SC303 e o SC304 obedeciam ao mesmo regulamento, mas com um motor de três litros – o V8 DFV Cosworth. O primeiro modelo não teve muito sucesso, falhando inclusivamente a qualificação para as 24 Horas de Le Mans de 1978, mas o mais recente conquistou uma vitória e uma pole-position.
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